Lembram-se, senhores do Barclays, de eu ter apresentado uma queixa à Comissão Nacional de Protecção de Dados sobre o vosso comportamento abusivo nas acções de telemarketing?
Claro que se lembram, porque responderam isto:
Mas como são ou estúpidos ou incompetentes ou as duas coisas hoje resolveram recomeçar o massacre, desrespeitando uma Comissão Nacional de Protecção de Dados, desrespeitando-me como cidadão e estúpidos e incompetentes sim, porque mesmo depois de eu explicar a situação ainda ligaram mais duas vezes, não percebendo que a este ponto, fosse o Barclays o último banco à face da terra e o meu dinheiro (se o houvesse) mais depressa iria para debaixo do colchão do que para a instituição de crédito mais irritante do planeta.
E assim lá alegraram o meu final de tarde com mais uma queixa à CNPD, que com todo o prazer (nem imaginam quanto, senhores do barclays) torno pública:
"Exmos. Senhores,
Fazendo referência à minha queixa datada de Novembro de 2009 e aparente resolvida, venho pelo presente pedir a vossa ajuda para a situação que passo a informar:
Hoje, 16 de Junho de 2010 voltei a ser contactado pelo banco Barclays com o objectivo de me propor o uso do mesmo serviço, cartão de crédito, sobre o qual tinha já informado não estar interessado e apresentado queixa a esta Comissão Nacional de Protecção de Dados, com resposta do referido banco de que o meu nome e número de telefone (21x xxx xxx) seriam eliminados da sua base de dados.
Isto mesmo expliquei a quem hoje me ligou do Barclays, do número 210107241, tendo-me sido informado pela pessoa que me ligou que o meu número havia sido apagado dos contactos da base de dados comprada à Pixmania mas que deveria constar noutras bases de dados adquiridas pelo Barclays, nomeadamente à IOL e outras empresas.
Acontece que na resposta que o Barclays enviou a essa Comissão e da qual me fizeram chegar cópia está bem explícito que "os dados do cliente" (que não sou e naturalmente jamais serei) "foram suprimidos da base de dados do Barclays para efeitos de marketing directo".
Não compreendo assim como é possível que uma entidade bancária possa não só desrespeitar o meu pedido de que não voltem a ligar, pois só hoje após eu ter explicado que já havia apresentado queixa e que tinha em minha posse o documento anexo voltaram a ligar mais duas vezes como desrespeitar as declarações prestadas por escrito à Comissão Nacional de Protecção de Dados. Quem protege os meus dados afinal se esta entidade não é respeitada pelo Barclays?
Grato pela vossa ajuda apresento os meus melhores cumprimentos
João Moreira de Sá"
Do que os senhores do Barclays não se lembram mas lembro-me eu é de um jovem que há vinte e alguns anos quando arranjou o seu primeiro emprego, entrou num balcão do Barclays para (tentar) abrir conta e foi-lhe explicado com um sorriso jocoso que o Barclays só aceitava contas de ordenados superiores a 150 contos. O meu não chegava a 50... mas acreditem, senhores do Barclays, é com enorme prazer que hoje me dou eu ao luxo de vos desprezar e poder fazer queixa de vocês, senhores do Barclays.
emai: jmoreiradesa@gmail.com